São 120 anos de história e nosso país ainda luta para ganhar a
estatueta mais cobiçada pela indústria cinematográfica.
A primeira apresentação do
Oscar foi em 1929, diferente do que é hoje, foi uma cerimônia mais simples:
somente um jantar com público de 270 pessoas, sendo que foi cobrado 5 dólares
(US$65,91 no cálculo de 2016) para as pessoas que quisessem assistir.
A primeira participação de um
brasileiro foi em 1945, Ary Barroso concorreu por Melhor Canção Original - “Rio de Janeiro”, pelo filme Brazil de produção americana. Porém, perdeu para a
canção “Swingin on a Star”.
Foi só em 1963 que tivemos
nossa primeira indicação por Melhor Filme Estrangeiro pelo O Pagador de
Promessas. Vencedor do Palma de Ouro e sendo o único longa brasileiro e
sul-americano a ganhar esse prêmio, infelizmente, não levou a estatueta do
Oscar. Em 1996 e 1998 concorremos novamente na categoria com O Quatrilho e O
que é isso Companheiro?, mas novamente perdemos.
Leonardo Villar e Glória Menezes |
Uma das maiores chances de
tivermos de trazer o dourado para as terras brasileiras foi em 1999, com
Central do Brasil. Ganhador de vários prêmios internacionais de Melhor Filme
Estrangeiro como BAFTA e Urso de Ouro, parecia que não tinha como escapar o
prêmio, mas A Vida é Bela acabou levando. Também tivermos a primeira indicação (e única
a ser indicada tanto de atuação de língua portuguesa como atriz
latino-americana) da grande atriz Fernanda Montenegro como Melhor
Atriz, porém, Gweyneth Paltrow levou o prêmio.
Uma História de Futebol concorreu
na categoria Melhor Curta-Metragem em Live-Action em 2001, contando passagens
de infância, de forma fictícia, de Pelé.
Pelo longa Cidade de Deus,
nosso país conseguiu 4 nomeações na premiação: Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro
Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia. Se tornou o filme nacional com o
maior números de indicações.
Em 2016, voltávamos a concorrer
ao Oscar e na categoria de Melhor Animação, com O Menino e o Mundo. Uma belíssima
animação que ganhou vários prêmios nacionais e internacionais, porém, perdemos
para Toy Story 3.
Dirigido por Alê Abreu, O Menino e o Mundo foi aclamado pelo publico nacional e internacional |
Brasil também competiu em co-produções
e conquistou 3 estatuetas, no entanto, nenhum dos prêmios foi creditado a nós.
Vencerem nas seguintes categorias: Melhor Filme Estrangeiro com Orfeu do
Carnaval (1960), Melhor Ator (William Hurt) com O Beijo da Mulher-Aranha (1986)
e Melhor Canção com Diários de Motocicletas (2005). E esse ano, temos uma
co-produção disputando, Me Chame Pelo Seu Nome nas categorias Melhor Filme,
Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator e Melhor Canção (Mystery of Love).
Além do Brasil, a França e os EUA também co-produzem. |
Além de Ary Barroso, outros
brasileiros concorreram com produções estrangeiras como Tetê Vasconcellos por
Melhor Documentário em 1982 com El Salvador: Outro Vietnã. Na categoria Melhor
Direção de Arte, Luciana Arrighi ganhou em 1994 pelo filme Retorno a Howard’s End, e em
1994 e 200 foi indicada com os filmes Vestígios do Dia e Anna e Eu.
Carlos
Saldanha foi indicado 3 indicações: em 2003 com Era do Gelo em Melhor animação,
2004 por Melhor Curta-Metragem de Animação com A Aventura Perdida de Scrat e agora em 2018 com Touro Ferdinando
na categoria Melhor Animação. E com a animação Rio, em 2012, também do diretor
Carlos Saldanha, concorremos a Melhor Canção com “Real in Rio”.
Letra de Siedah Garret e musica por Carlinhos Brown e Sérgio Mendes.
Carlos Saldanha, juntamente com Blue, da animação Rio (2011) |
E nesse domingo, dia 4 de
março, ocorre a 90° cerimônia do Oscar e mesmo esse ano o Brasil não estar
concorrendo, como foi dito antes, dois brasileiros estão disputando. Vamos
torcer para o diretor Carlos Saldanha e a co-produção sendo representada pelo
produtor Rodrigo Teixeira que, pelo menos, a estatueta fique na posse de um dos
nossos.